Os empregados felizes são 31% mais eficientes e estão 36% mais motivados, segundo um estudo de Wall Street Journal e Opener Institute for People. Como este, múltiplos trabalhos evidenciam a relação entre satisfação e implicação do pessoal com o rendimento e produtividade da organização. Então, como podemos potenciar este clima laboral positivo para melhorar o bem estar e, por fim, os resultados da empresa? Neste sentido, os incentivos laborais convertem se num efetivo recurso para alcançar equipas comprometidas e eficazes.

Los incentivos laborales: extras que disparan la satisfacción

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De acordo com Edwin A. Fleishman e Alan R. Bass, autores de Estudos de psicologia industrial e pessoal, “a satisfação no trabalho vê se afetada estreitamente pela quantidade e qualidade de recompensas que as pessoas recebem nos seus postos.

Assim, se nos basearmos na teoria da motivação, os incentivos laborais apresentam se como poderosas ferramentas para impulsionar a dedicação e entrega dos trabalhadores, sempre que saibamos aplicá-los adequadamente. Vejamos o que são, para que servem, quantos tipos há e como aplicar estes estímulos no trabalho.

O que são os incentivos laborais?

A origem dos incentivos laborais remonta à segunda metade do século XIX, quando surgiu a corrente da Administração Científica na qual um dos seus autores, Frederick W. Taylor, expôs que os profissionais se esforçavam mais quando recebiam um aliciante adicional em função da sua produtividade.

Como define o trabalho Conceito e importância dos incentivos, de Allan Palencia, incentivo “é aquele que se propõe estimular ou induzir os trabalhadores a observar uma conduta determinada que, geralmente, vai encaminhada direta ou indiretamente para conseguir os objetivos de mais qualidade, mais quantidade, menos custo e maior satisfação”.

Não obstante, embora o conceito de incentivo laboral tenha nascido com um marcado carácter pecuniário, nas últimas décadas ampliou o seu significado, implicando qualquer estímulo, tangível ou intangível, que se oferece a uma pessoa ou grupo com o objetivo de que incremente o seu rendimento e produção. Assim, quando falamos de incentivos laborais não nos devemos limitar a gratificações económicas no final do mês, mas também é muito importante incluir aliciantes que entronquem com a motivação intrínseca do pessoal.

Para que servem os incentivos?

A principal razão de ser dos incentivos laborais é motivar os empregados de uma organização para que melhorem o seu rendimento e a sua produtividade como parte do seu desempenho, conduzidos pela promessa de uma compensação extra. De fato, segundo o estudo levado a cabo pela IESE Business School, no relatório Produtividade e empresa saudável, dedicar parte do orçamento a benefícios sociais diminui 26% o custo médio por empregado graças ao menor absentismo, a maior produtividade e compromisso dos empregados e a melhoria do ambiente laboral.

Porém, o alcance dos incentivos laborais vai mais além e também permite às organizações:

  • Melhorar a produtividade.
  • Reter e atrair os melhores perfis na empresa.
  • Desalentar os trabalhadores que não encaixem na companhia a manter a sua atitude ou a continuar nos seus postos.
  • Identificar os empregados com maior potencial, facilitando o sistema de promoções.
  • Reduzir os custos, erros e acidentes laborais.
  • Otimizar a gestão dos recursos.

O risco de um plano de incentivos mal desenhado

Contudo, as motivações são diferentes para cada pessoa e, por isso, é importante que os departamentos de Recursos Humanos saibam discernir qual é o incentivo mais adequado para cada membro da organização. Por exemplo, um profissional se sentirá mais recompensado se pode aceder a uma maior flexibilidade horária, enquanto que outro preferirá contar com ajudas para a educação dos seus filhos.

Também, é essencial que as empresas não usem estes incentivos para cobrir as necessidades básicas dos trabalhadores –estabelecidas na pirâmide de Maslow- nem como uma ferramenta que instaure uma competitividade insana entre os trabalhadores.

Neste sentido, Alfie Kohn, no artigo Why Monetary Incentive Plans Cannot Work publicado na Harvard Business Review, expõe que os incentivos laborais económicos podem reduzir a motivação dos profissionais. Assim, como explica Daniel Pink, autor de Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us, um comercial de vendas estará mais implicado se conta com um salário base suficiente do que se obtém uma renda mínima à base de comissões e incentivos, pois neste caso não sentirá o apoio e confiança da empresa no seu profissionalismo e gerará conflitos entre os diferentes vendedores, dando lugar a climas laborais negativos.

Por isso, é conveniente alcançar um equilíbrio entre as condições laborais básicas e gerais para o capital humano e os incentivos económicos e não monetários que possibilite um programa satisfatório capaz de conciliar os interesses e necessidades de cada profissional com os objetivos da empresa.

Tipos de incentivos na empresa

Embora existam diferentes classificações dos incentivos laborais, a principal divisão destes estímulos é a que distingue entre:

  • Económicos. São aqueles que implicam um incremento do salário ou retribuição monetária que o profissional entende, como aumento de salário, comissões, gratificações, bónus…
  • Não económicos. Compreendem aqueles benefícios que a empresa oferece ao seu pessoal e que supõe uma melhoria das condições laborais dos empregados. Segundo um relatório da consultora KPMG, os incentivos laborais não financeiros mais comuns nas empresas são os seguros de acidentes e de vida, as contribuições para planos de pensões e os vales de refeição. Porém, dentro deste tipo também encontramos aliciantes para o empregado como planos de flexibilidade horária e teletrabalho, contribuição para tempo livre, vales de restauração, seguro de saúde e odontológico, ajuda nos gastos do infantário ou estudos dos filhos, subsídios ou pagamento da formação dos profissionais, subsídios de transporte, reconhecimentos, serviços para férias ou de lazer, programas de alimentação saudável… Inclusive algumas empresas estão a incorporar serviços dentro das companhias, como Wilton Corner, que oferece ao seu pessoal uma lavandaria para que os trabalhadores possam deixar a roupa durante a sua jornada laboral.

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