Só 29% dos projetos implementados pelas empresas em 2015 tiveram êxito, entendendo por êxito que cumpriram os prazos e as previsões de objetivos, segundo recolhe o CHAOS Report de The Standish Group, que também assegura que dois de cada dez iniciativas foram suspensas sem chegar ao término.

Metodologías ágiles en la gestión de proyectos: concepto, ventajas y tipos

É, portanto, necessário que as empresas incorporem estratégias de gestão de projetos que permitam a correta execução dos planos e impulsionem o avanço da empresa num ambiente altamente competitivo. Para isso, os diretores dispõem de diferentes ferramentas, como as metodologias ágeis. Mas, em que consistem estas técnicas e com o que contribuem na direção de iniciativas?

A gestão de projetos

Segundo o Project Management Institute, a gestão ou direção de projetos é “a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas para as atividades que compõem os projetos, com a finalidade de satisfazer os requisitos do mesmo”.

Devemos partir da base de que, no momento de levar a cabo uma iniciativa, as organizações devem ter em conta três fatores:

  • tempo ou prazo de execução.
  • alcance ou grau de consecução dos objetivos.
  • custo ou orçamento atribuído para o seu fim.

Como podemos assegurar que estes três elementos se respeitem durante a execução do plano e se possa qualificar o projeto como bem sucedido? Neste sentido, os responsáveis das iniciativas devem selecionar as ferramentas englobadas nas duas tipologias gerais: as metodologias ágeis e preditivas.

Metodologias ágeis e preditivas

Tradicionalmente, as empresas têm baseado a gestão de projetos nas metodologias preditivas, onde a gestão de projetos parte de uns objetivos e, em função dos mesmos, a empresa realiza uma previsão de custo e tempo requerido para o seu cumprimento. Tal é o caso das ferramentas RUP e MSF.

Como assinalam Roberth G. Figueroa, Camilo J. Solís e Armando A. Cabrera no seu trabalho Metodologias tradicionais Vs. metodologias ágeis, as primeiras “centram a sua atenção em levar uma documentação exaustiva de todo o projeto e em cumprir com um plano de projeto, definindo tudo isto, na fase inicial do desenvolvimento”.

Porém, dado o ambiente de constante mudança em que nos encontramos, o sector empresarial começou a por em prática novos modelos mais flexíveis que permitem adaptar os projetos durante a sua execução.

Surgem assim as metodologias ágeis, nas quais se parte de um custo e prazo determinado e, a partir de estes parâmetros, ajusta se o alcance da iniciativa, pondo ênfase em quatro princípios:

Este novo foco de planificação adaptativa baseia se em quatro princípios, recolhidos no Manifesto Ágil criado por 17 especialistas em 2001:

  • Prioridade dos indivíduos e das interações em relação aos processos e ferramentas utilizados.
  • Preferência de contar com um software que funcione ao dispor de uma documentação extensa.
  • colaboração com o cliente é mais importante que a negociação de contratos.
  • Os esforços devem centrar-se em potenciar a capacidade de resposta perante as mudanças no cumprimento de um plano pré-estabelecido.

Vantagens e inconvenientes das metodologias ágeis

As metodologias ágeis de projetos oferecem maior liberdade às organizações, contribuindo com as seguintes vantagens:

  • Flexibilidade. Ao não dispor previamente de objetivos definidos, os projetos realizados segundo este modelo podem readaptar-se às mudanças que surjam durante a sua execução, dando uma resposta atualizada e de acordo com as circunstâncias.
  • Melhoria contínua. A planificação não se encerra no momento inicial, mas vai se realizando um desenvolvimentos incremental ao longo de todo o processo, incorporando otimizações de forma constante.
  • Redução de erros. Esta revisão gradual do projeto conforme se executa permite detetar as falhas da iniciativa rapidamente e corregi-las.
  • Especial êxito nos objetivos indefinidos ou a longo prazo. As metodologias ágeis estão especialmente indicadas naqueles projetos nos quais o alcance ou as metas não estão claras, mas que se irão conhecendo e conseguindo conforme evolua a iniciativa, ou quando são iniciativas com um extenso desenvolvimento durante o qual se produzam numerosas evoluções do mercado.
  • Comunicação. Dado que não existe uma distribuição de objetivos pormenorizado, o modelo precisa de um fluxo de comunicação constante entre os distintos trabalhadores ou departamentos intervenientes nas equipas de trabalho, e de toda a informação que cada individuo contribua sirva para dar forma ao projeto final.

Por outro lado, perante esta flexibilidade das metodologias ágeis, o sistema também tem os seus hándicaps:

  • Gerar incerteza, ao não estarem os objetivos definidos.
  • Podem se alargar demasiado no tempo, dado que, ao não estar nada fechado, vai se ter que investir mais tempo em concordar e especificar os detalhes.
  • Podem dar lugar a conflitos de equipa, devido a essa contínua interação entre diferentes profissionais.
  • Ao não existir uma rota exaustiva, o papel dos membros do projeto é fundamental para chegar a bom porto, de modo que a ausência de algum dos profissionais pode causar graves obstáculos para o êxito da iniciativa.

Sistemas ágeis mais utilizados

Dentro das metodologias ágeis, os responsáveis da gestão de projetos contam com um amplo abanão de instrumentos ou softwares, destacando os seguintes:

  • Scrum. Concentra os esforços em dar prioridade aqueles pontos do projeto que tenham mais valor para a empresa, potenciando o ROI da iniciativa.
  • Extreme Programming (XP). Desenvolvida por Kent Beck, esta ferramenta sobrepõe a capacidade de adaptação às mudanças em qualquer fase do projeto à determinação inicial de necessidades e posterior reajuste.
  • Kanban. As suas origens situam se nos projetos “just-in-time” (JIT) da Toyota e baseia a sua metodologia no uso de cartões que identificam os trabalhos cumpridos e por executar de forma visual, como é o caso de Trello.
  • AUP (Agil Unified Process). É uma versão simplificada do Processo Unificado de Rational (RUP) focalizado especialmente na gestão de riscos durante o desenvolvimento do projeto.

Gostaria de dominar tanto as metodologias ágeis como tradicionais? No Grupo P&A contamos com formação específica sobre gestão de projetos, que lhe permitirá conhecer as distintas ferramentas disponíveis e adquirir os conhecimentos para avaliar que modelo é mais idóneo para cada iniciativa.

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