Nos EE.UU. 26% do aumento do P.I.B. deve-se ao aumento de mulheres na força laboral. A contratação de mulheres tem sido claramente benéfica para o desenvolvimento social e empresarial. Não se limita simplesmente a uma contagem, mas à necessidade que as empresas têm de ter as pessoas mais adequadas e eficientes nos postos de Direção. As mulheres são um recurso importante que, todavia, não está suficientemente reconhecido. Vik Malhotra, sócio sénior de McKinsey and Co, disse: “Para as mulheres, os canais corporativos têm vazamentos e estão bloqueados”. Expressiva metáfora da realidade.

O gráfico seguinte manifesta de forma clara e evidente a afirmação anterior. As mulheres constituem mais de metade da força laboral na base e, surpreendentemente, têm escassa representação na zona superior das empresas:

1º As mulheres Líderes têm qualificações muito altas.

Faz alguns anos, Jack Zenger e Joe Folkman colaboraram num estudo da Harvard Business Review acerca da eficiência da Liderança feminina. Ambos autores consultaram a sua base de dados, que continha as avaliações de mais de 60.000 líderes. Na Avaliação 360º das 16 competências que integram o Modelo do Líder Extraordinário, verificaram que as mulheres superavam os homens em 12 das 16 competências que definem os Líderes Extraordinários.

Esta descoberta teve uma grande relevância e durante os últimos tempos aprendemos muito das mulheres como Líderes, especialmente da forma que têm para aproveitar as suas fortalezas únicas.

Como já sabem, a Avaliação 360º (FB360º) tem relatórios dos superiores, colegas e colaboradores diretos. No seguinte gráfico pode observar-se a diferença entre a Liderança feminina e a Liderança masculina em todos os níveis de avaliadores.


Guia: Como ser um bom líder de equipa?

2º As mulheres têm uma maior propensão para procurar oportunidades que lhes permita aprender e melhorar a longo prazo a sua carreira.

No Modelo do Líder Extraordinário trabalha se com as 16 competências que diferenciam os  Líderes excelentes dos bons; entre as 16 existe uma que  se define como: ” Procura o seu desenvolvimento pessoal (Auto-desenvolvimento)”. Os autores, anteriormente mencionados, analisaram  esta competência e o seu desenvolvimento evolutivo ao longo do tempo (análise longitudinal e diacrónica). Como se pode apreciar no Gráfico 2, no início das suas carreiras não há diferenças significativas entre a Liderança feminina e a Liderança masculina. Porém, à medida que avançam nas suas carreiras as mulheres não diminuem no seu progresso tanto como os homens.    Não há nenhuma explicação mágica. A sua efetividade é o fruto do poder do desenvolvimento e da melhoria contínua. Os dados indicam que a maioria das mulheres continuam a aprender e a centrar as suas preocupações e motivação no seu desenvolvimento.

3º As equipas mistas representam um grande beneficio para as organizações.

Um estudo do M.I.T mostrou que as equipas mistas são mais produtivas e criativas. De fato, os economistas descobriram que modificando equipas do mesmo sexo, introduzindo pessoas do outro sexo, se podia incrementar o rendimento em 41%. Por quê? A sua investigação revelou que: “uma maior diversidade social implica uma maior ampliação e difusão de experiências que, por sua vez, incrementa o conhecimento coletivo do grupo, o qual repercute positivamente na eficácia”.

Conclusão.

Com todo o anteriormente exposto, não se pretende dizer que um sexo seja melhor que o outro. Ambos são efetivos e, ao mesmo tempo, são necessários, mais ainda se pensarmos na escassez de líderes de alto nivel. Como exemplo do anteriormente dito, Kevin Kelly, CEO de Heidrick and Struggles, indicou que: “40% dos executivos que se contratam a nível sénior são colocados de parte, fracassam ou abandonam os seus postos nos 18 meses seguintes à sua nomeação”.

Em conclusão, os nossos resultados são claros: as empresas necessitam melhorar a diversidade, e a Liderança feminina proporciona benefícios nessa direção.

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