A forma de quantificar a qualidade de um posto de trabalho mudou. Já não basta oferecer uma boa remuneração económica para satisfazer os empregados, que agora exigem também outros benefícios ou vantagens laborais que integram o chamado salário emocional. O acesso a formação, as possibilidades de promoção ou a flexibilidade de horário são alguns dos aspetos que valorizam os trabalhadores no momento de aceitar um emprego ou permanecer numa empresa. Como consequência, os departamentos de Recursos Humanos devem tratar de implementar novas políticas laborais que conduzam para uma maior atração e retenção do talento. El salario emocional: incentivos para tener empleados felices

O que é o salário emocional?

Obviamente, o salário económico importa na satisfação laboral dos empregados; sem uma retribuição digna, os índices de permanência e de produtividade da empresa baixam. Porém, o salário não é o único fator a ter em conta para impulsionar a motivação e a fidelidade do pessoal.
Entra em jogo o salário emocional, definido pela Associação Espanhola para a Qualidade, como “um conceito associado à retribuição de um empregado na qual se incluem questões de carácter não económico, cujo fim é satisfazer as necessidades pessoais, familiares e profissionais do trabalhador, melhorando a qualidade de vida do mesmo e fomentando a conciliação laboral”. Na mesma linha, a professora Klaudia Gómez descreve o salário emocional como “a compensação que dá uma empresa para atender as necessidades psicológicas, sociais e afetivas dos seus trabalhadores como complemento ao pagamento económico pelo seu trabalho” trata se, definitivamente, de facilitar aos profissionais benefícios valiosos mais além do seu salário. Quais são estes aspetos?

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O que exigem os empregados da suas empresas?

Para otimizar os níveis de satisfação e felicidade no trabalho, o primeiro passo do responsável de Recursos Humanos será conhecer o que motiva os empregados. Neste sentido, o estudo Employee Job Satisfaction and Engagement Survey, elaborado por SHRM em 2016, relaciona quais são estes elementos que influenciam na implicação e motivação do capital humano:

  • Um ambiente laboral positivo baseado no respeito.
  • A compensação económica.
  • Os benefícios
  • A estabilidade no trabalho.
  • A confiança dos diretores e chefes para com o pessoal.
  • As oportunidades para desenvolver o seu potencial.
  • A solidez económica da empresa.
  • As relações com o superior imediato.
  • A segurança física
  • Ouvir e ter em consideração as suas ideias e propostas.
  • O trabalho por si mesmo.
  • O reconhecimento das suas realizações.

Não obstante, convém ter em conta que o salário emocional está estreitamente vinculado à motivação intrínseca de cada trabalhador, pelo que uma mesma medida pode afetar em maior ou menor medida em função dos interesses e expectativas de cada empregado.

Para que serve o salário emocional?

Em qualquer caso, pôr em marcha políticas de gestão do capital humano que integrem tanto uma retribuição clássica, como um adequado salário emocional, produz os seguintes efeitos positivos na empresa:

  • Reduzem se os índices de rotação do pessoal, melhorando a permanência e fidelidade dos funcionários.
  • Eliminam se, em consequência, gastos com a seleção de pessoal ou formação de novos trabalhadores.
  • Melhoram os níveis de absentismo.
  • Aumenta a satisfação global dos empregados, repercutindo diretamente na produtividade das equipas e a competitividade da empresa.

Assim, por exemplo, num ensaio sobre o impacto do salário emocional na Colômbia, o Ministério de Tecnologia da Informação e da Comunicação observou que, após implantar dois dias de trabalho desde casa em várias empresas, a produtividade cresceu 23%, ao mesmo tempo que o absentismo teve uma redução de 63% e os despedimentos voluntários caiu 25%.

Medidas para melhorar o salário emocional

Se bem que o resultado final dependerá de cada empregado, existem diferentes medidas genéricas e facilmente aplicáveis para estabelecer um salário emocional dentro da organização. Como assinala Margaret Heffernan no seu livro Beyond Measure: The Big Impact of Small Changes, “são as pequenas mudanças as que têm maior impacto”.

  • Promoção. Facilitar planos para desenvolver a carreira profissional dos empregados é um dos aspetos do salário emocional que melhorará a motivação dos trabalhadores. Assim, um empregado que saiba que pode ir avançando e crescendo na empresa se sentirá satisfeito e não terá que procurar outra empresa por se sentir estancado na sua organização.
  • Capacitação. No mesmo sentido, a formação é outro dos elementos que integram o salário emocional, pois permite aos profissionais desenvolverem se a nível pessoal e profissional, o que melhora a sua fidelidade para com a empresa, além de otimizar o seu desempenho.
  • Conciliação. Cada vez mais, os trabalhadores exigem condições laborais que lhes permitam compatibilizar a sua vida pessoal e profissional. Neste sentido, o salário emocional deve também propor medidas de flexibilidade no trabalho: teletrabalho, horários flexíveis, serviços de ajuda aos empregados (como infantários, cantinas…), dias para tratar de assuntos pessoais…
  • Ambiente laboral. Quando o clima laboral se torna tóxico, o natural é que se produza uma fuga de talento para outras empresas. Ao fim e ao cabo, passamos grande parte de nossa vida no trabalho, pelo que contar com ambientes laborais positivos, sem conflitos e com equipas coordenadas, também ajuda a fidelizar os trabalhadores.
  • Valores e propósito da companhia. Conseguir alinhar os valores e o fim de uma empresa com os dos trabalhadores é uma grande receita para implicar e motivar os profissionais que, já não só se esforçaram por conseguir os objetivos corporativos, mas que o farão porque estes são também os seus próprios objetivos.
  • Inclusão. Se além de compartilhar o propósito e os princípios da empresa, a companhia for capaz de implicar os trabalhadores nos mesmos, o vínculo entre organização e empregado será mais forte. Serem ouvidos e sentir que a direção tem em conta as suas propostas e os incentiva a propor ideias e a serem criativos implica um incremento do seu sentimento de pertencer à organização.
  • Reconhecimento. Outro dos fatores que conformam o salário emocional é a capacidade da empresa para valorizar e reconhecer as conquistas dos empregados. Deste modo, sentirão que são importantes para a companhia.

Quer melhorar o salário emocional da sua organização? Comece por descobrir qual é a situação atual dos comportamentos, capacidades, competências e interesses dos trabalhadores através do serviço de avaliação e assesment do Grupo P&A.

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