Potenciar a assertividade laboral é chave num contexto empresarial onde as relações humanas estão sujeitas a grandes níveis de stress, já que só mediante este comportamento se podem construir culturas participativas e baseadas na confiança que impulsionem a excelência da companhia. Ora bem, para o conseguir, há que ter claro o que é a assertividade no trabalho e como a desenvolver.

Asertividad laboral: seis pasos para practicarla

Os tipos de comunicação

Nas relações entre pessoas, existem três modelos de comunicação:

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  • Passivo. Neste caso, o interlocutor não defende a sua postura para evitar que se produzam conflitos. Seria o caso do chefe que não evidencia o erro de um trabalhador para que este não se sinta ofendido ou 21inimizado com o seu superior.
  • Agressivo. Trata-se da situação contrária, quer dizer, colocar os seus próprios critérios acima do resto, chegando a usar para isso condutas ofensivas, desonestas ou manipuladoras. Seguindo o exemplo anterior, um estilo agressivo levaria o superior, não só a destacar o fracasso do profissional, mas a fazê-lo num tom ridículo diante do resto dos colegas.
  • Assertivo. A conduta assertiva, por seu lado, configura-se como a ideal, já que possibilita que os indivíduos evidenciem as suas ideias, emoções ou opiniões de forma direta, mas tendo em conta e respeitando as ideias, emoções e opiniões do resto. Estaríamos neste pressuposto quando o dirigente explica ao empregado que faz mal desde um ponto de vista positivo, compreensivo e respeitoso.

Conceito de assertividade laboral

A primeira definição de assertividade devemos-la a Joseph Wolpe que, no seu livro Psicoterapia por inibição recíproca, se refere a esta competência como  “a expressão adequada dirigida a outras pessoas de qualquer emoção que no seja a resposta de ansiedade”. Portanto, a assertividade é um conceito intimamente relacionado com a inteligência emocional e gestão dos sentimentos e é um dos pilares para gerar confiança, autoestima, segurança e respeito em qualquer âmbito da vida.
Neste sentido, segundo Carlos Mora Vanegas, autor de Autoestima e assertividade no trabalhador e gerência venezuelana, a assertividade permite que “os estímulos que nos chegam sejam os que exatamente nos foram enviados e faz com que enviemos aquelas mensagens que na realidade queremos mandar e que tornam essencial o nosso respeito e o dos demais”.
Não se trata de dar razão aos demais para não danificar os sentimentos ou criar conflitos, mas antes em pôr em valor as nossas ideias através do respeito face aos demais e sempre tratando de causar o menor prejuízo no recetor. Segundo refere Walter Riso em Questão de dignidade: o direito a dizer NÃO, “uma pessoa é assertiva quando é capaz de exercer e/ou defender os seus direitos pessoais, como por exemplo, dizer ‘não’, expressar desacordos, dar uma opinião contrária e/ou expressar sentimentos negativos sem se deixar manipular, como tornar-se submisso, e sem manipular nem violar os direitos dos demais, como tornar-se agressivo.
Portanto, de acordo com José Alberto Cardona, autor de A assertividade no trabalho, a conduta assertiva abarca:

  • O direito a expressar as nossas ideias e emoções.
  • O direito a usar o nosso tempo, corpo e dinheiro como quisermos.
  • O direito a decidir quando podemos/queremos ou não ajudar alguém.
  • O direito a perguntar e pedir ajuda quando o consideramos necessário.
  • O direito a mudar de ideias, pensamentos e formas de atuar.
  • O direito a deixar de nos sentirmos inferiores e começar a atingir o êxito.

Importância da assertividade laboral nos líderes

Como consequência, acrescenta o trabalho de Cardona, “uma conduta assertiva facilita um fluxo adequado de informação nos grupos de trabalho e potencia a criação de mais de uma solução aos possíveis problemas laborais que vão surgindo no dia-a-dia“.
E é que as empresas são formadas por constantes interações humanas e, por isso, é essencial utilizar um estilo de comunicação assertivo a nível organizacional para estabelecer vínculos sólidos entre os profissionais, um objetivo especialmente necessário no caso dos dirigentes e líderes. “Em cada uma das coisas que fazemos quotidianamente estamos relacionando-nos com os demais, e a maneira como o fazemos permite que estas relações se facilitem ou se entorpeçam”, explica Mirta Margarita Flores Galaz, no seu trabalho Assertividade: uma competência social necessária no mundo de hoje.
Nesta mesma linha, cabe destacar o trabalho desenvolvido por Zenger&Folkman sobre a importância da assertividade laboral dos líderes. Como bem assinalam estes especialistas em Liderança e Recursos Humanos, esta qualidade não é por si mesma a principal competência que identifique ou não os líderes extraordinários, mas influi notavelmente no grau de excelência dos altos executivos.
Em concreto, o estudo evidencia que só 4,2% dos líderes que obtiveram uma alta classificação no parâmetro de tomada de decisões, mas baixa no de assertividade laboral, se situaram no grupo dos denominados líderes efetivos. Por outro lado, 12,5% dos dirigentes que foram pontuados com altas notas em direção assertiva, mas baixas na correta tomada de decisões conseguiram entrar no percentil dos líderes efetivos. Ora bem, estas percentagens dispararam para 71% quando os executivos registaram altas classificações em ambas as capacidades.

Chaves para potenciar a assertividade laboral dos dirigentes

Como consequência das suas investigações, Zenger&Folkman no artigo The 6 Secrets Of Successfully Assertive Leaders, recompilam uma bateria de medidas para desenvolver a assertividade laboral nos perfis dirigentes das empresas:

  1. Conexão global. Os líderes assertivos interacionam com todos os profissionais que fazem parte da companhia, independentemente do nível ou departamento ao qual pertençam, tratando de criar vínculos através de comunicação clara, direta e pessoal.
  2. Honestidade útil. Os comentários emitidos de forma incorreta podem criar desânimo, desmotivação ou enfado no pessoal, pelo que os especialistas aconselham a comunicar com sinceridade, mas refletindo sobre como conseguir que a mensagem seja útil para todas as partes.
  3. Como vimos, se à assertividade laboral se lhe une a capacidade de tomar decisões, a excelência do líder é muito maior. Para o conseguir, os especialistas recomendam realizar uma profunda análise de todos os factos, examinar as tendências e, sobretudo, envolver os colaboradores no processo.
  4. Dar o exemplo. Quando um líder quer que outra pessoa modifique o seu comportamento é necessário que, previamente, o dirigente tenha demonstrado que é capaz de o preconizar com o exemplo.
  5. Criar relações positivas dentro da empresa, graças à assertividade laboral, permite também aos dirigentes construir climas de confiança que levem os trabalhadores a segui-los com respeito e admiração. O líder autoritário pode impor o seu critério, sim, mas à base de resistência e desconfiança.
  6. Implicação. Os líderes efetivos não se guiam pela busca de um reconhecimento ou êxito profissional, mas antes tratam de implicar todos os empregados na consecução de um objetivo comum, o que se converte numa garantia de êxito do projeto.

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